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segunda-feira, 31 de março de 2014

Nova Roma do Sul (RS) com Citycom

    Semana passada dia 22 de março realizamos um roteiro curto porém muito interessante, desbravamos a serra gaúcha rumo ao norte do estado até a cidade de Nova Roma do Sul (RS). Foi um passeio relativamente curto (300 km) já que partimos de Ivoti (RS).
    Sem muitos preparativos saímos com essa rota em mente:
 

   Chagando em Nova Roma do Sul, alteramos um pouco o traçado retornando até a altura de Farroupilha, onde seguimos pelo “caminho das pedras” até Bento Gonçalves. Confesso que esperava mais da rota turística, mas para quem não conhece Bento Gonçalves é sempre um bom passeio. 
   Bom, além do dia limpo e estrada deserta este passeio nos redeu boas fotografias, vale a pena conferir:

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quarta-feira, 12 de março de 2014

Vale a pena ler......

Dr. César Augusto Dartora é professor no curso de Engenharia Elétrica da UFPR e discursou para a sua turma de formandos: 

Em minha conduta como docente priorizo a transmissão do conhecimento técnico-científico, que entendo ser meu dever enquanto formador de profissionais engenheiros, raramente desviando-me do foco técnico-científico já citado, para tratar de questões político-filosóficas. Grande parte das pessoas, inclusive dentro do meio acadêmico, procuram dar a estas últimas um viés puramente ideológico, doutrinário e desprovido de razão, fazendo de seus dogmas filosóficos e políticos meras seitas religiosas, pretensamente pautadas na razão e levando a um falso cientificismo. Eu, por outro lado, entendo que sempre que possível devemos submeter nossos dogmas e ideias à luz da razão e da ciência.

O método científico é a mais preciosa ferramenta já desenvolvida pelo intelecto humano. Ele é superior a todas as outras formas de conhecimento já gerados pela humanidade, porque é provido de lógica e livre da possibilidade de sofismas ou falsos silogismos. Segundo Karl Popper, a hipótese científica deve ser dotada de uma propriedade fundamental: A refutabilidade. Nenhuma hipótese que não possa de algum modo, ser testada, seja pela lógica matemática ou pela experiência, e desse modo validada ou refutada, é científica. A Engenharia está assentada sobre os alicerces das ciências exatas e naturais, e portanto, só pode conviver com as hipóteses ditas científicas. É portanto, dever do Engenheiro, portar-se de forma a investigar e analisar os fatos sob o viés técnico-científico.

Nenhum cientista, categoria a qual pertencem os engenheiros, deve ser fundamentalista, seguindo dogmas que não encontram amparo na lógica científica e na experiência. Suas teses e formulações devem ser passíveis de teste. Não devemos nos esquecer ainda de manter uma conduta ética e moral em todas as nossas atividades.

No entanto, viceja no Brasil um relativismo moral e ético de tal natureza que já não são mais possíveis as comparações. É público e notório que a opinião politicamente correta acerca das culturas preconiza não haver na humanidade culturas superiores ou inferiores, apenas diferentes, condicionadas às épocas e aos meios em que foram geradas. Nada pode ser mais mentiroso! Existem culturas superiores sim! Desde os primórdios da humanidade, o homem busca comodidade, conforto e proteção para amenizar as agruras da vida na natureza selvagem e se precaver das intempéries. Já dizia Platão que “a necessidade é a mãe da invenção”. E o homem moderno tem infinitas necessidades, não havendo nada de errado com isso. Qual é o pecado em querer evoluir, ter maior conforto e possibilidade de prevenção contra forças da natureza, as quais, cada vez mais, estamos controlando? Nesse sentido é inegável a superioridade da cultura ocidental moderna, solidamente forjada no método científico, sobre todas as outras, umas focadas apenas em aspectos religiosos ou tribais, outras em puro conhecimento empírico e na ausência de método.

[...] O desenvolvimento da internet, da telefonia celular e smart-phones tem produzido uma verdadeira revolução na forma como nos relacionamos com pessoas e empresas, criando um mundo totalmente impensável até mesmo na ficção científica de duas décadas atrás.

No entanto, é senso comum no Brasil dizer que somos explorados pelos países desenvolvidos, porque eles compram nossas commodities, como níquel, ferro, nióbio, petróleo e grãos, a preço de quase nada e nos devolvem produtos industrializados, de alto valor agregado do ponto de vista tecnológico, a preço de ouro! E deleitamo-nos a falar mal dos americanos e dos países desenvolvidos em geral! Bebendo Coca-Cola, comendo um Big Mac, enquanto digitamos uma mensagem qualquer no celular, é claro! E hoje não vivemos mais sem todas as bugigangas tecnológicas que na maior parte das vezes foram popularizadas por eles! E como elas facilitam nossas vidas! Mas há que ser dito! A troca que fazemos com os países desenvolvidos é muito justa! É graças àqueles que investiram em ciência e conhecimento que a qualidade de vida no mundo inteiro melhorou e vem melhorando gradativamente. É graças à cultura ocidental que tem como pedra fundamental hoje o método científico.De nada adianta ser fonte de todos os recursos naturais disponíveis e imagináveis do universo se não dispomos do conhecimento científico e tecnológico para fazer uso deles. E fomos nós mesmos que fizemos a escolha pela mediocridade, quando decidimos que educação e ciência não são importantes. Fizemos as escolhas erradas no passado e continuamos fazendo-as no presente.

[...] Nossos grandes cientistas nunca foram levados a sério. Disse o poeta Thomas Gray: “Onde a ignorância é felicidade, ser sábio é loucura!” Parece uma frase feita sob medida para o Brasil. Não investimos no futuro, o que sempre demanda sacrifícios. E ao invés de olharmos para o futuro, voltamos no tempo, tentamos reescrever a história criando comissões sem sentido como a tal Comissão da Verdade, para aplacar a sanha revanchista de falsos democratas de 1964, e aqui não vai nenhum elogio ao nefasto golpe. Qual o preço a pagar pelas futuras gerações por essa negligência?


Nós tivemos aqui pioneiros com Landell de Moura, César Lattes, Santos Dummont, Carlos Chagas. Mas em praticamente todas as áreas representativas da economia, ciência e cultura mundial, nós não estamos na vanguarda. A ciência não é levada a sério. Quem prosperou por essas bandas foi Charles Miller. Preferimos a criatividade dos que vivem da bola e usam chuteiras. Afinal somos o país do futebol. Confundimos o famoso jeitinho e a gambiarra, frutos da falta de planejamento, com criatividade. Há até estudos acadêmicos, acreditem, enaltecendo a gambiarra! Em nome da nossa cultura apenas diferente e da doutrinação ideológica, nossos alunos não são incentivados a ler Sócrates, Platão, Monteiro Lobato ou ouvir Mozart e Bethoveen. Beatles é música de estrangeiro, temos que valorizar o funk e artistas sem sal e sem conteúdo como Caetano Veloso e outros tais, endeusados pela mídia ufanista. Nossos estudantes lêem Marx em lugar de Adam Smith, conhecem Neymar, Michel Teló, Gilberto Gil e José Sarney mas não sabem quem foram Newton, Bohr, Feynman, Faraday, Beethoven, Shakespeare, Lennon e McCartney. Alguns dogmas propagados pelos vanguardistas da educação, muitos dos quais nunca ministraram uma única aula, nos incutem a falsa ideia de que criatividade e imaginação são mais importantes do que o conhecimento. Pois eu afirmo: só há espaço para criatividade e imaginação quando dominamos plenamente uma área de conhecimento. Não há gênio sem imensa carga de trabalho e transpiração. Mas nossas escolas se tornaram locais de discussões puramente conceituais. Avaliar o aluno quanto ao domínio das técnicas essenciais de leitura, escrita e cálculos matemáticos parece ser mais constrangedor do que deixá-lo analfabeto funcional, pois uma reprovação vai ferir seus sentimentos! É indigno, na visão de alguns, ter que meter a mão na massa, fazer cálculos, treinar, enfim, seguir a cartilha conservadora que tanto deu certo na questão da educação. Nossos alunos não são ensinados, são doutrinados.


Enquanto a educação definha com a falta de infraestrutura mínima, construímos estádios. Isso sim é importante, afinal somos o país do futebol e como nos ensinou o gênio Ronaldo, copa do mundo não se faz com escolas e hospitais, e sim com estádios! Quem precisa mesmo de leitos em hospitais e de investimento em saúde preventiva, saneamento básico, infraestrutura de estradas, portos e aeroportos? Pois eu vos digo: Vergonha não é perder a Copa em casa. Vergonha é ver que pessoas morrem na porta do hospital sem que se mova uma palha, enquanto o nosso dinheiro vai sendo jogado no esgoto em coisas supérfluas, quando não é desviado por corruptos. Vergonha é ter índices de homicídios maiores do que países em guerra civil. Até quando?

Deixo aqui uma lista de perguntas: Até quando a educação fundamental estará abandonada, formando ano a ano uma massa de analfabetos funcionais? Não será possível construir boas escolas, com padrão Fifa? Até quando teremos que ouvir de políticos promessas mirabolantes para resolver os mais simples problemas do dia-dia, sem nenhuma fundamentação técnica de viabilidade, apenas para garantir os votos da eleição? Quem não ouviu que teríamos metrô em praticamente todas as cidades de grande porte, mesmo sem precisar, que teríamos trem-bala e aeroportos de primeiro mundo? Até quanto vamos ter que discutir tragédias com data e hora marcada para acontecer, como a falta de água nos períodos de estiagem, os deslizamentos de terra e os alagamentos? Até quando a nossa indignação com algum fato vai durar somente até o telejornal do dia seguinte, diante de outro evento mais trágico ainda? Até quando vamos aturar esses políticos cujo único projeto é a perpetuação no poder e o enriquecimento dos seus grupos? 

Eu confesso que quero viver em um lugar mais cartesiano e com maior planejamento, onde a gambiarra seja deixada de lado. Para isso, tenho a certeza de que a Universidade Federal do Paraná fez o máximo para torná-los excelentes Engenheiros Eletricistas. Ainda há esperanças! Está com vocês agora parte da responsabilidade de transformar esse país. A tarefa é árdua mas possível e aqui vão alguns conselhos.


Sejam corretos e façam a diferença para alguém. Amem o próximo verdadeiramente, cujo corolário é “não fazer aos outros o que não queres que façam contigo”. Ensinem a seus filhos que honestidade, retidão de caráter e boas maneiras não são virtudes e sim, obrigação. Tampouco se julguem investidos de virtudes morais superiores que os tornem tiranos perante familiares, amigos e demais pessoas.

Saibam que é preciso trabalhar muito, e para ser criativo é necessário sólido conhecimento. Por isso não deixem de aprender e se aperfeiçoar. Sejam tolerantes com as diferenças, porém firmes em suas ações e opiniões. Não se pode balançar ao sabor do vento e não é possível agradar a todos. 

Defendam com rigor o método científico, e não se deixem enganar pela pseudo-ciência. Sempre amparados no método científico, quando suas ideias forem confrontadas, respondam com argumentos lógicos ou mudem de teoria, mas não usem da calúnia e a desqualificação pessoal para vencer o debate.

Não se deixem cegar pela falta de lógica e pelas paixões político-partidárias, clubísticas e religiosas. Combatam todo tipo de fundamentalismo e totalitarismo, porque ninguém é dono de uma verdade única e imutável. Prezem pela liberdade e pela igualdade de condições para as pessoas, sabendo que existem limites para ambas. 

Sejam humildes. Saibam valorizar suas conquistas e o valor da meritocracia, sempre dando o devido reconhecimento a quem lhes foi importante na caminhada, desde as pessoas que garantem a limpeza do seu local de trabalho até aqueles que estão acima de vocês em hierarquia e conhecimento. Sejam sensíveis aos que o cercam e, sempre que possível, mudem para melhor suas atitudes e comportamento. Permitam-se momentos de lazer, diversão e confraternização, sem excessos. E acima de tudo, sejam felizes.

Que Deus nos abençoe e tenhamos todos uma boa noite.
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terça-feira, 11 de março de 2014

Serra do Rio do Rastro (SC) de Citycom 300i

   Bom pessoal mais um relato de viagem com a minha Dafra Citycom 300i.
   Dessa vez partimos de Ivoti (Rio Grande do Sul) rumo a serra do Rio do Rastro em Santa Catarina. A viagem foi planejada para dois dias, subiríamos a serra gaúcha rumo a Santa Catarina pela RS 020 até São Joaquim descendo em seguida a serra rumo a Tubarão onde dormiríamos uma noite.
   Ótimo, tudo planejado: pouca bagagem, scooter revisada e abastecida, roteiro estudado......
   Na última hora descobri uma falha crucial do roteiro, parte da RS 020 não era asfaltada! Opa, off-road e scooter não combinam! Refizemos o roteiro, inverti o trajeto começando pela BR 101 rumo ao norte até Criciúma onde subiríamos a serra ao invés de descer. Como eu imaginava que seria complicado encontrar um hotel acessível em São Joaquim, decidimos tentar alcançar a cidade de Lages para pernoitar.


   Saímos no domingo do feriado de carnaval as 07:00 horas, a primeira parte fui tranquila porque eu já estava familiarizado com estrada até o litoral catarinense, asfalto com boa conservação o que permite trafegar na faixa dos 100 Km/h.
   Não demorou muito para perceber que foi um erro ter cortado caminho por Criciúma (SC), acredito que se tivesse seguido pela BR 101 até Tubarão (SC) não teria perdido tanto tempo contornando as ruas no complicado trânsito da cidade catarinense (tão complicado que até o GPS se perdeu...), ali confesso que perdi uma hora em voltinhas erradas foi o legítimo rolê. Passado o sufoco do centro de Criciúma partimos via SC 108 até a cidade de Orleans onde paramos para abastecer e almoçar em restaurante ruim e caro (faz parte).
   Depois de Orleans começa a emoção, pela SC 390 a serra se desenha no horizonte, é difícil descrever a beleza em palavras, mas posso garantir que foi passeio inesquecível! Aquela estrada sinuosa encravada na serra íngreme rodeada por florestas e cachoeiras é uma cena fantástica. No topo da serra pegamos neblina (em pleno verão) que segundo os moradores é comum o ano inteiro, alguns podem pensar que o branco que dominava estragou a paisagem, mas posso afirmar, a neblina serviu para melhorara o clima de aventura. (use equipamento de inverno)
   Alcançando o topo da serra em São Joaquim, restava ainda atravessar o planalto rumo a Lages para o descanso merecido, o planalto é uma paisagem interessante com suas colinas suaves e retas convidativas a explorar o limite da Citycom.
 
  Segunda-feira dia de encarar a volta, decidimos fazer uma parada na Festa da Uva em Caxias do Sul (RS). Antes de chegar em Caxias passamos por um susto, saímos de Lages com meio tanque de combustível (aproximadamente 5 litros) com a ideia de abastecer ao longo da BR 116, QUE ERRO! o único posto de gasolina se encontrava um pouco antes de Vacaria já no Rio Grande do Sul (quase foi uma pane seca!). Completamos o tanque e descobrimos que restava apena 150 ml de combustível no tanque (bafo).

   A Festa da Uva fui uma das mais fraca que fomos, para completar uma chuva torrencial que fez a gente adiar o nosso retorno em duas horas.
   Para resumir, a nossa volta de Caxias foi de noite com muita chuva e pouca iluminação (serra gaúcha).
   Muita calma nessa hora!
   Chegamos vivos!
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